O dia em que tudo mudou: a história de quem vive com HIV
- Dra. Danielle Tavares
- 7 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de jul.
Era pra ser só mais um exame de rotina.
Lucas (nome fictício) tinha ido sozinho, sem dar muita importância. Mas quando o resultado chegou, o mundo pareceu desacelerar. A palavra “positivo” ficou piscando na tela do computador como um alerta de emergência.

Nos minutos seguintes, vieram os pensamentos em avalanche: Será que vou adoecer? Posso ter filhos? Vou viver escondido? E agora, quem vai querer estar comigo?
Silêncio. Medo. Vergonha. Isolamento.
O diagnóstico de HIV ainda carrega uma carga emocional imensa, não pelo vírus em si, mas pelo estigma que ainda o cerca.
O que esperar nos primeiros dias
Naquela primeira consulta, algo inesperado aconteceu.
A infectologista não perguntou “como você pegou”.
Ela perguntou: “Como você está?”
Ali, Lucas ouviu, talvez pela primeira vez, que HIV não é mais uma sentença de morte. Que com o tratamento certo, sua vida poderia seguir normalmente. Que ele podia trabalhar, amar, viajar, planejar o futuro. Que com a carga viral indetectável, ele não transmitiria o vírus a ninguém.
Simples assim: Indetectável = Intransmissível.
Viver com HIV: tratamento, vínculo e futuro
Começar o tratamento foi um divisor de águas.
Os remédios foram bem tolerados. A rotina se adaptou.
Mas o que realmente fez diferença foi o vínculo.
Ser ouvido, sem julgamentos. Ter um lugar seguro para tirar dúvidas, compartilhar angústias e seguir em frente.
Hoje, meses depois, Lucas ainda vive com HIV.
Mas o medo que antes o dominava deu lugar à autonomia.
Ele aprendeu que o diagnóstico muda algumas coisas, sim.
Mas não muda o mais importante: quem ele é, o que sente, e o que ainda pode viver.
Você não está sozinho. Descubra no próximo post como cuidar da sua saúde.
🔜 Próximo post da série:
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